Interdisciplinaridade – a realidade perto da criança
As especificidades dos diferentes componentes curriculares sempre estiveram bem claras, isto é, a individualidade das disciplinas começou a ganhar abertura após as novas leis da educação procurarem atender a realidade dos alunos. O estímulo para circundar o cotidiano das crianças começou com Leis de Diretrizes e Bases da Educação - LDB nº 5692/71, e posteriormente pela LDB nº 9394/96, e finalmente com os Parâmetros Curriculares Nacionais - RCNs. Diante de tal quadro educacional, popularizou-se entre os docentes uma prática incentivada pelos documentos acima citados, e que ficou familiarizada como interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade consiste na articulação de áreas do conhecimento diferentes, mas que são unidas no cotidiano das pessoas. É ainda, uma prática que supera a fragmentação estipulada nas disciplinas; é uma prática que tem como alvo, garantir a construção de um conhecimento não fragmentado, isto é, rompendo com os limites das disciplinas. A interdisciplinaridade quebrou o paradigma da individualização das disciplinas. E para entender como esse método pode ser positivo no âmbito escolar, podem-se apreciar alguns exemplos que foram certeiros pelo Brasil afora. Tendo como base o artigo “Interdisciplinaridade: um avanço na educação”, escrito por Meire Cavalcante, e publicado no blog “Gestão Escolar”, da revista Nova Escola, pode-se observar o que aconteceu no Colégio Santa Maria, em São Paulo. Diante de um apagão de nível nacional, ocorrido em 2001, que forçou as pessoas a pensarem sobre o consumo de energia, e foi percebido pelas crianças, seis professoras se reuniram para criar um projeto interdisciplinar acerca do episódio. Um problema real foi colocado diante dos alunos sob diferentes óticas e eles tinham que buscar uma resolução. “Desde então, os alunos estudam fontes alternativas de energia, produzem aquecedores solares e ensinam a população a utiliza-los” (CAVALCANTE,