Interação gênica
Assume um papel relevante na hereditariedade dos caracteres quando dois ou mais pares de alelos diferentes atuam na determinação de um único caráter. Há vários casos de interação gênica:
1) Interações não-epistáticas Caracteriza-se pela interação de dois ou mais pares de genes, localizados em cromossomos diferentes atuando de modo complementar. Percebeu que a forma da crista (galos e galinhas) depende da interação de dois genes não homólogos representados pelos alelos R, r, E, e, originando quatro diferentes variedades de crista. Seus genótipos foram determinados de acordo com a tabela:
|Crista |Gene |Genótipo |
|Noz |R+ E |RREE, RREe, RrEe, RrEE |
|Rosa |E |Rree, Rree |
|Ervilha |E |rrEE, rrEe |
|Simples |r + e |rree |
2) Interações epistáticas Constitui uma modalidade de interação gênica na qual a ação de um gene (designado epistático) inibe ou reprime a manifestação da expressão de outro (designado hipostático). No Homem, o exemplo de epistasia mais comum refere-se ao sistema sanguíneo ABO. O sistema ABO confere um de quatro fenótipos aos humanos: A, B, AB e O, consoante a presença de dois antígenos, A e B, nas membranas dos eritrócitos e dois anticorpos, anti-A e anti-B, no plasma sanguíneo. Assim, indivíduos do tipo A possuem antígenos A nos seus eritrócitos e anticorpos anti-B no plasma; o inverso ocorre em indivíduos do tipo B, possuindo antígenos B (eritrócitos) e anticorpos anti-A (plasma); nenhum destes anticorpos existe