Interacionismo Social
O Interacionismo Social diz respeito às pesquisas feitas em determinados grupos da sociedade, onde a pessoa que pesquisa também interage com o meio, fazendo parte da informação.
O pensamento comunicacional americano começa a estruturar-se com a institucionalização da Escola de Chicago, primeira escola de pensamento comunicacional sistemático que surge na história das teorias da comunicação, antecedendo por alguns anos a Escola de Frankfurt. As suas bases remontam ao final do século XIX, quando alguns acadêmicos de Chicago encetaram pesquisas sociológicas que conduziram à criação do primeiro departamento universitário de Sociologia, na Universidade de Chicago, em 1892, dirigido por Albion Small.
Inicialmente, as preocupações dos sociólogos de Chicago era estudar a "ecologia humana" nas cidades. Os primeiros estudos realçaram, por exemplo, que enquanto nas aldeias todos se conhecem e todos são vigiados por todos, nas grandes cidades cada indivíduo tem maior liberdade e autonomia para encontrar o seu rumo. Autores como John Dewey, por exemplo, começaram a perceber o papel sociológico da imprensa como elemento integrador dos indivíduos.
Por seu turno, Thomas e Znaniecki, assumindo uma orientação marcadamente sociológica e métodos descritivos, estudaram o papel da imprensa na supressão do vazio social provocado pelo desenraizamento dos camponeses polacos que emigraram para Chicago (Conde Veiga, 2002: 131). Charles Cooley e, sobretudo, George Mead, são os principais expoentes da Escola de Chicago no que respeita ao estudo da comunicação até aos anos trinta, tendo lançado a proposta teórica designada por Interaccionismo Simbólico, expressão cunhada por Blumer, em 1937, para se referir ao estudo das significações elaboradas pelos atores sociais no contexto das interações sociais. Para ele, os indivíduos agem a partir dos significados que atribuem às pessoas e às coisas enquanto interagem, incluindo aqueles