Interacionismo simb lico
Os problemas sociais decorrentes da industrialização e da urbanização do início do século XX constituíram o contexto que serviu como uma das fontes de estímulo aos estudiosos da Psicologia social da época para desenvolver uma perspectiva teórica distinta, voltada para o estudo sistemático do comportamento social humano. Essa perspectiva, posteriormente denominada interacionismo simbólico, segue fundamentando o referido campo de conhecimento.
RAÍZES TEÓRICAS DA ESCOLA DE INTERAÇÃO SIMBÓLICA
Com respeito às correntes teóricas que vieram dar origem à perspectiva conhecida como interacionismo simbólico, observa-se que a maioria dos autores (Álvaro, Garrido, Schweiger, & Torregrosa, 2007; Blanco, 1988; Haguette, 1995; Joas, 1999; Trezza, 2002) são unânimes em considerar as contribuições advindas das obras de clássicos da Escola de Chicago como Charles Cooley, John Dewey, William Thomas e, sobretudo, George Mead, considerado o principal precursor e inspirador do movimento interacionista.
Em concordância com esse ponto de vista e indo um pouco mais além na análise das origens de tal perspectiva, Blanco (1998) ressalta que as raízes teóricas do interacionismo simbólico são muito complexas, e que, por esse motivo, é prudente considerar, além dos autores acima citados, aos quais ele se refere como influências diretas, também alguns outros que ele identifica como influências filosóficas indiretas. Estas últimas abrangem o pensamento econômico de Adam Smith, a filosofia moral de Thomas Reid, o empirismo humeano, as ideias iluministas de Diderot e de Rosseau, a filosofia alemã (derivada, sobretudo, da teoria de conhecimento kantiana), o historicismo de Dilthey e a epistemologia compreensiva de Weber (Blanco, 1998).
Nessa linha de raciocínio, destaca-se a influência da filosofia do pragmatismo sobre os estudiosos da Escola de Chicago, a qual teve início com os trabalhos de Dewey e