psicologia
Entre 1890 e 1940, um grupo de teóricos e pesquisadores de várias áreas, com uma orientação política reformista, procurou tornar a sociologia uma ciência empírica. Este movimento, baseou-se na filosofia pragmática, desenvolvida por Charles Peirce e William James, e ficou conhecido como a Escola de Chicago. Foi neste grupo que surgiu o interacionismo simbólico, destacando-se como principais representantes John Dewey e George Mead, que viria a ser seguido por Herbert Blumer.
O interacionismo simbólico, inicialmente denominado de behaviorismo social, segundo Santos e Dionízio (2010), “acredita que o significado e a verdade das coisas só emergem no desenrolar das experiências, fruto da interação social que os sujeitos desenvolvem, situacionalmente entre si e/ou com todo o social” (p. 5). Ou seja, assenta nos três pilares do pragmatismo. De acordo com Mead, o mundo social constroi-se por meio da interação, simbolicamente. Mead, na sua obra “Mind, Self and Society” (1972), destaca as interações comunicativas no processo social. Segundo Mendonça (2002), Mead distingue no ato social dois tipos de comportamento. Por um lado, um comportamento externo, observável e, por outro, uma atividade interna, não observável, encoberta. Mead estabelece três categorias analíticas:
Sociedade – contexto objetivo da ação, atividade cooperativa entre os homens;
Self – personalidade social dos indivíduos, formada na experiência, no embate entre o indivíduo e o corpo social;
Mente (espírito) – instância reflexiva mediadora entre o Self a sociedade, individualização/interiorização de normas e expectativas sociais.
Mendonça (2002) refere que foi Blumer que cunhou a expressão “interacionismo simbólico” para esta escola de pensamento sociológico. De acordo com Santos e Dionízio (2010, p. 6), há um “ajustamento recíproco entre o homem e o mundo”. No mesmo sentido, França, citada pelas referidas autoras, refere que o termo “interação