Inteligências Múltiplas

1. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

O filósofo David Lewis, em sua obra Mind Skills - Giving Your Child a Brighter Future (1988), afirma que cada criança é uma individuo único, cujo processo intelectual é formado através de experiências pessoais, como traços da personalidade, atitudes e ansiedades, fatores importantes no desenvolvimento mental de uma criança, ou seja, não existem crianças mais ou menos inteligentes, existem apenas crianças que têm diferentes estilos de mente, assim como disse o próprio Gardner, pesquisador das Inteligências Múltiplas, em uma entrevista à revista Pátio “...as crianças têm mentes muito diferentes umas das outras, elas possuem forças e fraquezas diferentes, e é um erro pensar que existe uma única inteligência, em termos da qual todas as crianças podem ser comparadas.”. Porém, deve ser lembrado que cada criança nasce dotada de todas essas inteligências e que essas serão desenvolvidas à medida que elas forem aguçadas e colocadas em prática e isso cabe ao professor saber a importância de cada uma, como funcionam e de que forma estão intrinsecamente ligadas.
No inicio do século XX, foi solicitado ao psicólogo francês Alfred Binet que desenvolvesse uma forma de prever o sucesso escolar de crianças das primeiras séries. Assim, surgiu o primeiro teste de inteligência, teste de Q.I. (Quociente Intelectual), que tinha como objetivo diferenciar as crianças cujo desenvolvimento mental é inferior ao índice normal para a sua idade das crianças normais em graus diferentes. A partir da aplicação desse teste propagou-se a idéia de que a inteligência é única, estagnada, podendo ser medida quantitativamente (MODERNELL, 1992).
Porém, podemos observar que durante esse século, vários psicólogos e cientistas de diversas áreas do conhecimento fizeram fortes críticas aos testes de Q.I. Jean Piaget, por exemplo, apesar de trabalhar com tais testes, tinha sua atenção focalizada nas linhas de raciocínio das crianças, não para as respostas