Construir um posicionamento sustentável em longo prazo exige agilidade e dinamismo das ações empresariais. É nesse sentido que atua a inteligência competitiva, técnica oriunda dos meios militares e políticos, largamente utilizada em períodos de conflitos. Uma definição relevante para o entendimento de inteligência competitiva é a de informação estratégica, tema de artigo de Leitão (1993), no qual é estudada como insumo estratégico da empresa, correspondendo ao ambiente externo e seu futuro e considerando-se oportunidades e ameaças. A inteligência competitiva é uma área interdisciplinar e sua constituição epistemológica e aplicada recorre principalmente a conhecimentos de administração, ciência da informação, ciência da computação e economia. É uma disciplina nova, tanto no exterior quanto no Brasil, onde é mais recente ainda. Sobre as áreas que estudam a inteligência competitiva, a falta de clareza e inconsistência terminológica, e diferentes abordagens, o especialista Orozco (1999) traz valiosa contribuição, com base em sua pesquisa empírica em base de dados e outras fontes de informação, tanto em ciência da informação quanto em ciência da computação. Entre as suas conclusões, ele afirma que a inteligência competitiva está se tornando um tema mais de informática, que dispõe de instrumentos que permitem soluções mais rápidas, o que é indiscutível. Os resultados da pesquisa também apontaram os países onde a inteligência competitiva está mais presente: em primeiro lugar, a Grã-Bretanha, seguida do Canadá e dos chamados Tigres Asiáticos (Cingapura, Malásia e Coréia do Sul) e também Estados Unidos, que não faziam parte de seu estudo, mas ainda assim aparecem, pela participação das empresas norte-americanas na economia internacional. Um dos autores que pode ser considerado um clássico da área, Tyson (1998), explica o surgimento da inteligência competitiva pela mudança de ênfase: no passado, ela estava voltada para o desenvolvimento de estratégia. Atualmente,