“Inteligência aprisionada” e “diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem”
“INTELIGÊNCIA APRISIONADA” E “DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM”
INTRODUÇÃO
Alícia Fernández iniciou suas pesquisas, através do trabalho de Sara Paín, dando continuidade a partir de investigações próprias, enfatizando o trabalho com grupos de crianças e adolescentes com problemas de aprendizagem.
Sara Paín, de uma maneira clara e objetiva, evidencia na obra “Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem” a necessidade de alertarmo-nos como quão facilmente “marginalizamos” aqueles que fazem algo diferente na normalidade.
A partir deste indicativo, fica claro que neste trabalho integrado as ideias realmente se integram, inclusive porque as autoras partilham da mesma linha de pensamento.
DESENVOLVIMENTO
Em “A inteligência aprisionada”, são analisadas as consequências que para a constituição da subjetividade da criança e particularmente para sua possibilidade de aprender, ter que esconder, omitir e/ou desmentir o conhecimento dentro do grupo familiar. E foi com esta obra que Alícia Fernández nos trouxe uma visão mais global das dificuldades de aprendizagem, onde existe a articulação entre inteligência e desejo, entre família e sintoma.
Alicia Fernández utiliza as expressões ensinante e aprendente, para designar uma nova visão da relação entre educadores e educandos, onde os espaços e tempos do aprender estão para além das escolas e são percebidos na complexidade e na totalidade da vida de cada um de nós, sujeitos inseridos na dinâmica relacional do viver e conviver com os outros.
Essencial é enxergar aprendentes e ensinantes como caminhantes, numa mesma direção. Aos estarmos juntos nos processos de aprender e ensinar, é possível elaborarmos vínculos que culminam na aprendizagem. A autora traz ideias para refletirmos sobre uma concepção do processo da aprendizagem onde o aprendente é considerado como um sujeito pensante, portador de sua inteligência e onde ao ensinante, através dos vínculos que