Intelig. emocional
As emoções se expressam raras vezes em palavras; é mais frequente que elas se manifestem por outras vías. A chave para intuir os sentimentos de um outro está na habilidade de poder interpretar os canais que não são verbais: o tom da voz, os gestos, a expressão facial, etc.
Quanto mais conscientes estamos, mais habilidades teremos para ler os sentimentos dos outros. O “rapport”, a essência do cuidado aos demais, surge da capacidade para a empatía. Aqueles que podem ler os sentimentos dos outros são mais ajustados, populares, amigáveis e sensíveis.
A empatía começa desde a infância, com a mimetização motriz, que é o sentido técnico da palavra. Durante a infancia, a empatía surge de uma espécie de imitação física da aflição de outro, que evoca então os mesmos sentimentos no próprio indivíduo.
A sintonía entre a criança e seus pais se produz de forma tácita, como parte do ritmo da relação. Mediante esta sintonía, as mães fazem com que seus filhos saibam que elas tem a noção do que eles sentem. A sintonía reafirma a uma criança, e a faz sentirse emocionalmente conectada. Isto requer de calma suficiente para ser capaz de ler os sinais sutís e não verbais provenientes dos outros.
Sentir o mesmo que outra pessoa é preocuparse. Nesse sentido, o oposto da empatía é a antipatía. A atitude empática intervem uma e outra vez nos juizos morais, porque os dilemas morais implicam vítimas em potência: Você mentiría para não ferir os sentimentos de um amigo ? Cumpriría a promessa de ir a visitar a um amigo doente e em lugar disso aceitaría um convite de última hora de um amigo par ir a jantar ?
As raízes da moralidade devem se encontrar na empatía, já que é o fato de empatizar com os afetados (por exemplo, alguém que sofre de uma dor, um perigo ou uma privação) e de compartir sua aflição no que move as pessoas em atuar para ajudár-las. |
" Inteligência Emocional "
por Daniel Goleman
Executive Digest
Setembro 1997 |
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