A hipertensão como fator preditor de infecção cirúrgica
INTRODUÇÃO:
Tabela 6 - Ocorrência dos fatores de risco entre os pacientes que desenvolveram Infecção do sítio cirúrgico. Teresina, 2011. Fator de risco | ‘n' | Com ISC | Sem ISC | | | n | % | n | % | Idade < 5 anos | 01 | 0 | 0 | 01 | 100,0 | Idade > 50 anos | 36 | 02 | 5,5 | 34 | 94,5 | Estadia pré-operatória > 24 horas | 25 | 03 | 12,0 | 22 | 88,0 | Neoplasia | 17 | 03 | 17,6 | 14 | 82,4 | Enfermidade vascular crônica | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | Diabetes Melittus | 03 | 01 | 33,3 | 02 | 66,7 | Hipertensão arterial sistêmica | 30 | 05 | 16,7 | 25 | 83,3 | Tabagismo | 08 | 01 | 12,5 | 07 | 87,5 | Infecção em algum lugar remoto | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | Terapia imunossupressora | 01 | 01 | 100,0 | 0 | 0 | Enfermidade imunossupressora | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
LEGENDA: ‘n’ – número de vezes que determinado fator foi observado; ISC – Infecção do sítio cirúrgico.
A hipertensão arterial sistêmica ainda não possui papel definido no contexto dos fatores de risco ao desenvolvimento de ISC. Em nosso estudo, a infecção foi observada em 16,7% dos pacientes portadores da patologia crônica.
Em estudo realizado em uma população de mulheres submetidas a procedimento cirúrgico para o tratamento do câncer de mama, a hipertensão revelou uma incidência de 18,3% entre as mulheres que desenvolveram a infecção. Mesmo que o percentual aparente ser elevado, o estudo permitiu concluir que não havia relação significativa no desenvolvimento de ISC em portadores de hipertensão arterial sistêmica. Neste mesmo estudo foi possível observar ainda que a hipertensão esteve associada à presença de seroma na incisão cirúrgica e à idade avançada (FELIPPE,