Serviço social
Introdução
A experiência com transplante cardíaco em humanos teve início em 3 de dezembro de 1967, com a realização do primeiro transplante cardíaco feita por Christian Barnard na África do Sul.
No Brasil, o professor Euryclides de Jesus Zerbini realizou o primeiro transplante no dia 26 de maio de 1968. O entusiasmo inicial com o transplante foi grande e neste mesmo ano de 1968 foram realizados 102 transplantes cardíacos em 52 centros de diferentes países.
Devido às dificuldades para diagnóstico precoce da rejeição, à falta de drogas imunossupressoras efetivas e à alta incidência de infecção, os resultados dessa experiência inicial foram decepcionantes e vários centros interromperam os seus programas de transplante.
No início da década de 1980, ocorreram dois fatos marcantes: a introdução da biópsia endomiocárdica para diagnóstico precoce e preciso da rejeição e a introdução na prática clínica de uma potente droga imunossupressora, a ciclosporina. Esses fatos determinaram um grande impacto na evolução dos pacientes submetidos a transplante cardíaco, com redução significativa dos episódios de rejeição, diminuição das complicações infecciosas e significativo aumento na sobrevida.
Esses resultados permitiram a retomada de vários programas de transplantes em todo o mundo e o registro da Sociedade Internacional de Transplante catalogou, até dezembro de 2006, 70.000 transplantes cardíacos reportados por 343 centros.1 (Figura 32.1) No Brasil, são realizados apenas 150 a 200 transplantes cardíacos por ano.
Apesar de ser a única terapêutica efetiva no tratamento da insuficiência cardíaca terminal, o número de transplantes cardíacos realizados anualmente vem sofrendo uma queda nos últimos 3 anos, fato que pode ser atribuído à melhora no tratamento clínico da insuficiência cardíaca e à limitação em se aumentar o número de doadores.
Figura 32.1 –