Integração regional
Entre os anos de 1945 e 1989, a Guerra Fria e os processos de descolonização foram responsáveis por causar efeitos contrários: de um lado, a descolonização rompeu com o poder imperial, criando dezenas de novos Estados recém-independentes, e permitindo que a dinâmica de segurança regional começasse a operar entre eles.
Por outro lado, a rivalidade bipolar entre Estados Unidos e União Soviética acabou por subjugar a maior parte da Europa e Nordeste Ásia, ingressando fortemente na maioria das regiões recém-libertadas.
Pode-se afirmar, então, que no período da Guerra Fria, inúmeros Complexos Regionais surgiram pelo mundo, porém, a bipolaridade também foi responsável por promover e organizar intervenções nestes novos Complexos, limitando, de certa forma, a autonomias destes.
Vale lembrar que as descolonizações durante a Guerra Fria decorreram de uma forma muito desigual de país para país. Em alguns lugares, ela se deu em um movimento, único e rápido, se estendendo, em outros, por uma década ou mais, como na África, Sudeste Asiático e Oriente Médio. Ou seja, era comum haver um arrastado período de transição entre o antigo controle colonial generalizado e a chegada de condições onde a dinâmica de segurança regional autônoma poderia começar a operar.
Assim, mesmo quando a Guerra Fria estava definindo uma estrutura de segurança bipolar a nível global bastante intensa, grande parte dos países do terceiro mundo estava estruturando Complexos Regionais de Segurança.
Conforme dito anteriormente, as intervenções nos novos Complexos Regionais que surgiam durante a Guerra Fria limitavam suas autonomias. Assim, o fim da Guerra Fria marca o início de uma terceira fase: o período pós Guerra Fria, que teve início em 1990. Pode-se afirmar, então, que o fim da Guerra Fria teve grandes impactos sobre a