Integração Regional

Questão 1
Para os neofuncionalistas, o processo de integração regional é tido como uma necessidade técnica, devido a problemas compartilhados pelos Estados, o que leva a uma aproximação entre eles, buscando a resolução dessas questões especificas.
Tendo por base o conceito de spill over, os neofuncionalistas acreditam que a integração de um setor gera pressões técnicas que levam os Estados a integrarem outros setores. Esse aprofundamento da integração cria instituições de caráter supranacional e mobilizaria outros atores, como as elites nacionais, devido aos ganhos da integração. Assim, se a cooperação em um setor tem resultados positivos, a ideia de integração se prolifera para outros setores e áreas.
Sendo as instituições apresentadas de caráter supranacional, os neofuncionalistas afirmam que a integração acaba por transformar a natureza dos Estados, pois os atores políticos e as elites nacionais transferem parte de sua soberania e expectativas para essa instituição, fazendo com que se crie uma identidade comum entre os Estados envolvidos (o compartilhamento de interesses e valores entre os Estados é necessário para a consolidação da integração e da instituição supranacional). Essas instituições influenciam o processo independente da vontade dos Estados, fazendo com que a integração adquira uma dinâmica própria, a qual os Estados não tem total controle. Dessa forma, a integração é tida como um processo em que as mudanças são cumulativas, que evolui com o tempo.
Já para os intergovernamentalistas liberais, o processo de integração é fruto da formação de preferências nacionais dos Estados e dos processos de barganha. A formação dessas preferências leva em consideração a racionalidade dos atores. As preferências nacionais são formadas a partir de pressões domésticas e internacionais que o Estado sofre.
Diferente do neofuncionalismo, para os intergovernamentalistas as elites domésticas tem pouca ou nenhuma influência no processo de integração. Seu papel é