Integralidade do cuidado
Atividade: SP Onofre.
Questão de Aprendizagem: Como definirmos cuidados integrais em saúde considerando articulação em rede na condução de dado tratamento, com a responsabilização dos atores no processo saúde-doença?
A situação problema nos traz como proposta a discussão da responsabilização dos atores envolvidos no processo saúde/doença, pautado na integralidade do cuidado articulado em rede, que nos remete a uma reflexão não apenas sobre a dimensão das práticas dos profissionais que atuam na assistência à saúde, mas também, sobre o papel gerencial e articulador de gestores e, sobre a corresponsabilidade dos usuários.
A produção do cuidado representa um dos maiores desafios à organização dos serviços públicos de saúde, pois evidencia questões que vão além da competência técnico-científica do modelo biomédico. A prática fragmentada presente no processo de trabalho colide com a possibilidade da integralidade.
Mendes (2009) considera que os sistemas fragmentados de atenção à saúde, são incapazes de prestar atenção contínua à população. Neles, em geral não há uma população adscrita de responsabilização e, os três níveis de atenção (primária, secundária e terciária) não se comunicam.
A concretização de um sistema integral requer a construção de práticas eficazes, pautadas na humanização, interligadas a um modelo de gestão que valorize a participação dos trabalhadores e usuários, com autonomia e responsabilidade institucional.
Segundo Uchoa (2009) a ESF vem se revelando como uma nova base de articulação, promovendo a entrada de novos cenários, sujeitos e linguagens no âmbito da atenção à saúde, em que a integralidade é abordada como uma construção coletiva que passa a ganhar forma e expressão no espaço do encontro dos diferentes sujeitos implicados.
Portanto, a busca da integralidade “implica numa recusa ao reducionismo e à objentivação dos sujeitos e uma afirmação da abertura para o diálogo”.