Resumo do texto: “INTEGRALIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE: A ORGANIZAÇÃO DAS LINHAS DO CUIDADO”
O texto fala inicialmente sobre uma realidade típica do SUS no que se fere ao atendimento de média e alta complexidade: há uma grande demanda de serviços que não se consegue responder, ao mesmo tempo em que gera gastos vultosos para o orçamento. Isso gera um estrangulamento no acesso à atenção secundária.
Falando sobre a articulação rede básica-assistência especializada, percebemos que esta ainda não está sendo feita de forma adequada: a atenção básica não está tendo uma boa resolutividade dos problemas de saúde, o que poderia reduzir significativamente a sobrecarga de serviços por níveis de atenção de maior complexidade. Comentando sobre os encaminhamentos, foi mostrado como eles são mal preenchidos pelos profissionais, o que dificulta ainda mais o trabalho da atenção secundária e também reflete no como não se são esgotadas as possibilidades diagnósticas na rede básica, o que mostra falta de senso de responsabilidade pelo cuidado por parte dos profissionais.
É preciso lembrar que a capacidade de se resolver os problemas de saúde na rede básica está ligada tanto ao recurso instrumental e conhecimento técnico dos profissionais, mas também à ação acolhedora, ao vínculo que se estabelece com o usuário dessa rede, não com o exercício de uma clínica centrada no ato prescritivo e na produção de procedimentos, mas sim numa prática que valoriza a clínica como o exercício ampliado de múltiplos profissionais, em relação entre si e com o usuário, capaz de atuar sobre as diversas dimensões deste último.
Assim, é preciso reorganizar o processo de trabalho nos serviços de saúde, de modo que ele se torne realmente centrado no usuário e suas necessidades. É retirar o modelo hegemônico de pensar apenas no atendimento como consulta médica e trazer a prática do cuidado integral, é focar mais nas tecnologias leves (as tecnologias das relações) e leve-duras (definidas pelo conhecimento