INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO
A ESCOLA E A FAMÍLIA
GT Educação de Pessoas Jovens e Adultas – GT 18
Autoras: Profa. Edna Mendonça O. de Queiroz UCG/UEG
Profa. Maria Teresa Canesin UCG
Introdução
Este ensaio faz parte de estudos empreendidos por um grupo de professores que desenvolve um projeto de pesquisa denominado Juventude, Educação e Campo Simbólico1. Pretende investigar o universo sócio-cultural do jovem goianiense, buscando examinar, em especial, como as diferentes dimensões da vida familiar, escolar e do trabalho interferem na constituição do ser jovem. Especificamente, fundamenta-se em entrevistas de jovens trabalhadores alunos da escola noturna, organizadas em torno de algumas questões fundamentais: de que forma o jovem aluno trabalhador do ensino noturno realiza os enfrentamentos às adversidades cotidianas a que são submetidos; que sentidos assumem a família, a escolarização e o trabalho para esse jovem; como a família, o trabalho e outras dimensões da vida cotidiana contribuem para a constituição do ser jovem.
O trabalho foi desenvolvido tendo como referência os parâmetros da pesquisa qualitativa. Foram entrevistados seis jovens de idade entre 15 e 24 anos, considerando-se a condição de gênero (três jovens do sexo masculino e três do sexo feminino), a escolaridade (ensino médio público), a inserção do jovem no mercado de trabalho (quatro jovens empregados e dois desempregados), aspectos relacionados ao universo familiar e outras dimensões da vida cotidiana.
A temática da juventude, embora tenha sido objeto das ciências sociais (MANNHEIM, 1968, 1982; EISENSTADT, 1976; IANNI, 1968; FORACCHI, 1965, 1972; dentre outros), só recentemente foi retomada. A produção acadêmica considerou-a marginal, havendo uma produção ainda muito limitada sobre a juventude no Brasil (SPOSITO, 1997). Um estudo significativo do estado do conhecimento sobre a temática denominado Juventude e Escolarização, coordenado por SPOSITO (2000),