Instituições totais

Erving Goffman de 1954 a 1957, foi membro visitante do Laboratório de Estudos Sócio Ambientais do Instituto Nacional de Saúde em Bethesda, Maryland –EUA. Sendo que dentro desse período, durante três anos, fez breves estudos de comportamento nas enfermarias nos Institutos Nacionais do Centro Clínico de Saúde. Já entre 1955 a 1956, efetuou trabalho de campo no Hospital St.Elizabeths, em Washington, uma instituição federal com aproximadamente sete mil internados, a fim de conhecer o mundo social do internado em hospital para doentes mentais, como assistente do diretor de atletismo, para a análise de maneira mais próxima, porém evitando contato com a equipe médica.
Concluiu, com base na aproximação dos internos, que qualquer grupo de pessoas, podendo ser prisioneiros, primitivos, pacientes, etc., desenvolve uma vida própria e que se torna significativa, razoável e normal, enquanto internados.
Quanto ao Primeiro Artigo, qual seja, As Características das Instituições Totais, o autor indica ser um exame geral da vida nesses estabelecimentos, onde compara dois exemplos: os que vivem em hospitais para doentes mentais e os que vivem em prisões, sendo que a condição da instituição total, pode influenciar na formação do internado que vive naquela instituição.
Em comparação entre vários tipos de instituições, como por exemplo, Grand Central Station, os laboratórios de Los Alamos, lojas e fábricas, os indivíduos ao inserirem-se em uma instituição social, seja qual for, passa a agir como o lugar, ou como o grupo de pessoas que lá está inserido, por estarem impostas obrigações e regras iguais para a realização das atividades que lhes são impostas.
Em se tratando de hospitais psiquiátricos, quando uma instituição social atende os internados em situações semelhantes, ou iguais, e os separa da sociedade por um período de tempo, onde estes passam a viver sob regras, impostas por uma equipe dirigente, onde há uma barreira à relação social, como por exemplo, muros altos, portas