instituiçoes totais
Karine Lara Vivas
Instituição total descrita por Goffman (1987) e a instituição disciplinar descrita por Foucault(2010).
Universidade Fumec
Belo Horizonte
2014
Define-se urna instituição total como um local de residência e trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável período de tempo, leva urna vida fechada e formalmente administrada.
No texto de Golfman, evidencia-se varias estratégias de mortificação do eu utilizadas nestas instituições totais. A barreira posta pela instituição entre o interno e o mundo, a mutação do eu: perda do nome, separação das posses, de seus bens (deformação pessoal); maus-tratos, marcas e perdas dos membros do corpo (desfiguração pessoal); violação do território do eu, invasão das fronteiras entre o ser dos indivíduos e o ambiente (exposição contaminadora) são exemplos de mortificação do eu. Embora a mortificação do eu através do corpo seja encontrada em poucas instituições totais, a perda de um sentido de segurança pessoal é comum, e constitui um fundamento para angústias quanto ao desfiguramento.
Em algumas instituições totais, as mortificações são oficialmente racionalizadas com outros fundamentos, tais como, por exemplo, higiene (no caso do uso do banheiro), responsabilidade pela vida (no caso de alimentação forcada) , capacidade de combate o caso de regras do exército para a aparência pessoal), "segurança" (no caso de restrições em regulamentos de prisões) Assim , percebe-se que a instituição em vez de socializar e fortalecer a subjetividade, repreende e mutila o eu.
A lógica da obediência e castigo compõe os processos de admissão do sujeito. Há regras formais e informais de reestruturação do eu que garantem um sistema de privilégios. As regras da instituição, rotinas diárias são um conjunto de prescrições e proibições que, se bem aceitas, permitem prêmios e privilégios ou, se