INSIDE JOB
A desregulamentação do sistema bancário que culminou com o fim da Glass-Steagall, teve o “intuito” de livrar a economia de todas as amarras que eram impostas pelo Estado e garantir ampla liberdade para a movimentação de capital financeiro. Este mecanismo permitiu aos bancos liberar empréstimos, hipotecas e conceder linhas de créditos, sem as garantias necessárias e as comprovações devidas, os americanos passaram a investir no mercado imobiliário - muitos acreditando no aval das agências internacionais de classificação risco, de renome até então inquestionável - para concretizar o sonho da casa própria ou, em muitos casos, para especular com os preços crescentes dos imóveis, tornando o mercado financeiro cada vez mais especulativo. Com o passar do tempo estes mesmos bancos estavam com níveis altíssimos de alavancagem financeira, percebendo que devido aos inumeros recursos concedidos, passaram a investir altíssimo em agências de seguro, no caso dessas dívidas não serem pagas pelos muitos devedores, ou seja, eles investiam contra os recursos que eles mesmos liberavam. Tudo isso sem serem acompanhados de perto por um órgão regulamentador que pudesse impedir níveis muito altos de alavancagem financeira e por conseqüência sua falência.
Ao mesmo tempo, o FED dizendo-se “prisioneiro” dos interesses financeiros representados na defesa da estabilidade de preços e de que a desregulamentação dos mercados financeiros era benéfica à sociedade, o que limitava as possibilidades de agir contra a bolha por meio de medidas de regulação e reduzia o apoio a medidas restritivas, na