inside job
Uma alquimia que, ao contrário das fábulas, não produziu ouro, mas tragédias econômicas, desespero e, como resultado final, a patinação do maior motor da economia mundial.
No entanto, frustrando as otimistas expectativas de que o caos vivenciado a partir de setembro de 2008 traria um inevitável ajuste e amadurecimento, no qual voltariam a vigorar um pouco mais de prudência e o renascimento da importância da liquidez e da poupança, observamos a letargia, a férrea manutenção do status quo, a infantil crença na capacidade americana de vencer desafios e superar obstáculos. A eterna autoajuda corporativa cegando a realidade.
Caros leitores, fiquem à vontade para discordar ou me criticar, de fato não consumo o “lero lero corporativo” e, portanto, não busco ser o dono da verdade e muito menos venero o otimismo ou o pessimismo, mas cultuo o realismo e o senso crítico.
Neste sentido, faço uma confissão: observando a terra de Lincoln, das famílias Kennedy e Bush, não consigo evitar paralelos com o nosso Brasil. Me assombro com a euforia exagerada, com a crescente cultura do crédito excessivo (mesmo que por anos tenha sido tão escasso), com a permanente crítica ao ato de poupar, com a sensação observada em esclarecidos ambientes de que “agora ninguém nos segura”.
A estreia do filme está prevista para o dia 18 de fevereiro. Recomendo que não deixem de assistir, mas independentemente dos novos entendimentos que ele possa provocar, permaneço rezando para a santa CVM, sem esquecer de acender uma velinha para o padroeiro BC e sua equipe de arcanjos. Boa sorte a