Iniciação à estética
Capítulos: 1 – Natureza e Objeto de estética e 2 – As opções iniciais da estética
Nas épocas clássicas a estética foi conhecida como “Filosofia do Belo”, que seria uma propriedade do objeto. O belo era definido por duas formas: o belo da arte e o belo da natureza, onde, para Platão havia uma hierarquia entre esses dois belos, em que a natureza estaria acima da arte. Diferente de Hegel, que acreditava que a arte estaria acima da natureza e a estética deveria ser intitulada como “Filosofia da Arte”.
Alguns pensadores, influenciados por Kant, decidiram subdividir o campo estético, onde o belo se torna apenas uma categoria, assim como a comédia e o sublime. A partir daí há um questionamento se poderiam definir a estética como filosofia do belo, levando em conta que ela tem categorias como a comédia, e esta nada tem a ver com o “belo”. A partir desde ponto, os pós kantianos sugeriram que a estética fosse definida como uma ciência e não uma filosofia: A Ciência do Estético.
Bruyne afirma que a arte não produz somente o belo, mas o feio, o horrível, o monstruoso. E considerando o belo como uma categoria do estético, Kainz afirma:
“A palavra belo exprime, em primeiro lugar, aquilo que nos produz um máximo de satisfação plena e tranqüila do gosto estético (...) Entretanto, quando definimos a estética como a ciência do belo, nao há dúvida de que tomamos, e temos necessariamente que tomar, como base desta definição, uma acepção distinta e mais ampla deste conceito... Daí dizer-se que o objeto sobre o qual recaem as investigações da estética não é belo, no sentido usual, estrito e próprio da palavra, mas sim tudo que influi estéticamente em nós, incluindo-se aí até certas ásperas categorias que lidam já com o feio... (...)”.
Jacques Maritain diz que, quanto a estas questões de terminologia, aceita-se aquela que se desejar. Entretanto, é injusto definir estética somente pelo belo e excluir o feio,