iniciacao a estetica

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Capítulo XXV – A MÚSICA

1 - Música Apolínea e Música Dionisíaca

A música instrumental é a mais abstrata das artes, podendo ser analisada conforme duas linhagens: apolínea e dionisíaca. A música apolínea é a harmoniosa, serena, ordenada, clara e límpida. Remete-nos a músicas de compositores de temperamento clássico. É dominada pelo espírito e pela forma do “contraponto”. A música dionisíaca é mais vibrante, dramática e com contrastes violentos. Nela, a harmonia é conseguida como uma vitória sobre a desordem.

Comentário: Percebe-se que a música, mesmo quando se utiliza da desordem, caracteriza-se pelo encontro da harmonia. Mesmo no caso da música contemporânea que possui aspectos bastante particulares, a exemplo da música eletroacústica que tem na desordem de sons inusitados sua essência, a harmonia é encontrada. O artista musical sempre produz tendo um objetivo em mente. 2 - Música Clássica, Barroca e Romântica

A chamada música clássica é toda aquela que se opõe à popular, no entanto esta definição está sendo utilizada, atualmente, para o termo “música erudita”. Seja ela clássica, barroca ou romântica. Há no campo da música erudita certo descompasso com as demais artes.

Comentário: A substituição do termo música clássica por música erudita foi necessária, pois o termo, por possuir dois significados distintos, tornava muito confuso o entendimento. Apesar disso, ainda é muito grande a quantidade de pessoas que falam em música clássica tentando se referir á música erudita.

3 - Música Pura e Canto

Quanto a sua relação com as palavras, a música pode ser de quatro tipos: a puramente plástica, ou instrumental, de cunho mais abstrato; a música que, sendo instrumental, procura expressar ou descrever coisas e sentimentos; a música que se vale da poesia, do canto; e a ópera que utiliza tanto a poesia e o canto, quanto o teatro. A música apolínea se liga mais à música abstrata, enquanto a dionisíaca relaciona-se melhor com as demais, pois

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