Inibidores de corrosão
Segundo Gemelli, a corrosão por pites é um ataque localizado de uma superfície passiva devido a presença de íons agressivos (principalmente Clˉ, Brˉ, Iˉ) no eletrólito, quebrando dessa forma o filme protetor que o óxido forma com o material localmente. Este ataque forma pequenas cavidades ou pontos, os chamados pites, que podem variar de forma e tamanho, de acordo com o agente agressivo. A corrosão ocorre devido a formação de uma pilha entre a superfície externa, passiva e catódica, e o interior da cavidade, que é ativa e anódica, sendo que esta pilha será formada em presença de oxigênio e íons agressivos. A forma dos pites pode variar muito, e muitos autores têm classificações diferentes para os mais variados tipos, mas de uma forma geral sabe-se que os pites mais comumente encontrados são: pites profundos, oclusos, e hemisféricos. Os pites podem ainda ter dimensões pequenas superficialmente mas ter grande profundidade o que diminui muito a propriedade mecânica do material, por isso se torna altamente relevante seu estudo. Ainda segundo Gemelli a corrosão por pites pode ser estudada de duas formas: por ataque químico (em presença de um agente oxidante), ou por medidas de potencial de pite, sendo este muito importante pois é ele que vai quebrar o filme passivador, através da presença dos íons halogenetos, e iniciar o processo corrosivo onde a película passivante for mais frágil. O potencial de formação de pites pode ser medido por um ensaio eletroquímico de polarização anódica, podendo se impor o potencial (ensaios potenciodinâmicos) ou a corrente (ensaio galvanostático). Neste tipo de ensaio se reproduz também a composição do eletrólito, que geralmente representa o meio no qual o material será exposto, sendo que a polarização anódica fará a substituição do agente oxidante. Dessa forma, avalia-se então a probabilidade de formação de pites, que corresponde a um determinado potencial, e pode ser observado pela alteração da curva de