Influência Norte Americana nas Economias Mundiais
Nem sempre o dólar ocupou esse patamar de referência internacional. Durante a segunda metade do século XIX, por exemplo, a moeda mais respeitada do mundo era a libra esterlina, da Inglaterra, ate então era a grande potência mundial. O dólar era apenas uma das últimas opções, pois os Estados Unidos eram devedores pouco confiáveis além de não possuírem um sistema monetário unificado.
O dólar começou a ganhar força no começo do século XX, logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com a Inglaterra atingindo seu limite como país líder da economia no âmbito global e os Estados Unidos começando a participar mais ativamente do comércio externo.
No entanto, apenas anos mais tarde, após o segundo grande confronto do século passado, a moeda americana passou a ser a âncora cambial . O dólar tornou-se referencial monetário especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando os Estados Unidos já explicitamente era a principal potência econômica mundial e financiou a reconstrução da Europa e do Japão.
Com o acordo de Bretton Woods ou ainda "Acordos de Bretton Woods" é o nome com que ficou conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de 1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados Unidos, que dali em diante teria o controle de fato de boa parte da economia mundial bem como de todo o seu sistema de distribuição de capitais.
O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte do setor financeiro mundial e do fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários de Bretton Woods. Isso equivale dizer que todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar,