Infarto
A possibilidade de infarto, assim como muitas outras doenças aumenta com a idade. O infarto é como uma gangrena (morte e apodrecimento), resultante da falta de alimentação do músculo do coração, geralmente diante do entupimento parcial ou total das artérias. Isso pode levar à morte súbita, tardia ou provocar insuficiência cardíaca. o
O estreitamento do calibre (largura) dos canais de circulação do sangue pode levar a rupturas de placas de gordura depositadas no interior das artérias coronárias, que irrigam o coração. Isso aumenta a possibilidade de formação de coágulos que podem entupir as artérias e causar o infarto do miocárdio (a “parede” do órgão). Em 50% das ocasiões, o infarto é a primeira manifestação da doença coronária.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. O cigarro é o maior fator de risco. De acordo com Leopoldo Piegas, professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o fumo aumenta cinco vezes o risco de infarto. A nicotina é um vaso constritor (provoca contração) que reduz o calibre dos vasos sanguíneos e produz lesões na parede que recobre internamente esses vasos.
Segundo o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 25% das mortes no país causadas por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio) e 45% das mortes na faixa etária abaixo de 65 anos por infarto agudo do miocárdio.
Além do cigarro, a obesidade, o aumento do colesterol ruim, a diabetes, a hipertensão arterial, o sedentarismo e o estresse contribuem para a ocorrência do infarto. “Por isso é importante a prevenção. A eliminação do cigarro reduz a mortalidade por infarto em 35%. Reduzir a obesidade e controlar o diabetes diminui a mortalidade em 80%”, afirma Leopoldo Piegas.
Além desses fatores de risco, a predisposição genética e a depressão podem alterar o funcionamento do organismo. O professor livre docente em cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP