Infanticídio
A prática do infanticídio, no Império Romano, era aceita para regular a oferta de alimentos à população. Na atualidade, há um elevado índice de infanticídio, principalmente feminino, na China, onde gerou um desequilíbrio entre os sexos na população do país.
Já no Brasil, a existência de infanticídio é considerado como uma prática ligada a tradições e costumes antigos para algumas tribos indígenas, que são repassados a cada geração. Fatos que são encarados pela tribo como uma espécie de maldição ou feitiço, como a deficiência física ou mental, ser gêmeos ou trigêmeos, nascer de uma relação extraconjugal, todas essas razões são consideradas válidas para se tirar a vida de uma criança indígena.
É preciso compreender as razões que levam alguns povos a reafirmarem a prática do infanticídio indígena, ainda nos dias atuais. Para isso, é importante entender a visão e o conceito que os indígenas acreditam a respeito de valores como a vida e dignidade humana, além da importância do coletivo como costume do seu povo, o infanticídio se revela um motivo justo quando se pretende proteger o coletivo.
“Para os índios, isso faz parte de como eles veem o mundo. E o medo é relevante. O povo indígena e sua espiritualidade são regidos por leis que devem ser cumpridas. Caso contrário, o povo é amaldiçoado.” 1
O documentário Hakani: a história de uma sobrevivente, traz à tona a questão do infanticídio indígena e fomenta a discussão da aceitação ou não da prática tanto por parte da sociedade quanto por parte do próprio povo indígena.
No documentário é retratado a história real da índia Hakani, pertencente a tribo Suruwahá, que foi condenada à morte por sua tribo, por ser portadora de uma espécie de paralisia cerebral. Seus pais, recusando-se a matá-la, preferiram o suicídio, deixando a pequena índia aos cuidados dos irmãos.
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