INTRODUÇÃO O Infanticídio é uma prática milenar e antiga praticada por diversos povos, porém quando o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, o infanticídio passou a ser visto como pecado as crianças foram desde então batizadas e assumiram uma identidade dentro da sociedade, contudo ainda hoje em algumas comunidades dentre elas as indígenas o infanticídio ainda é muito praticado. Do ponto de vista antropológico o Brasil defende o não intervencionismo e o relativismo cultural. Duas correntes antropológicas são citadas na pesquisa uma que defende que o certo e o errado devem ser definidos em cada cultura e não aceitam padrões universais e a outra se fundamenta em princípios que podem ser generalizados e que mudanças em padrões culturais podem ser realizados desde que não sejam impostos e que se leve em conta a autonomia e interesse dos grupos. Há divergências entre as opiniões tanto de antropólogos quanto de religiosos sobre a prática do infanticídio e se devemos ou não interferir em sua cultura As causas para se interromper a vida de uma criança entre as comunidades indígenas são diversas dentre elas podemos destacar: A incapacidade da mãe em dar atenção e cuidar das crianças pois a mesma tem muitos afazeres na tribo, o fato do recém-nato não está apto para sobreviver na floresta e a preferência por um sexo em sociedades patriarcais. INFANTICÍDIO E ABORTO Infanticídio ocorre quando a gravidez não é desejada, após o seu nascimento, as crianças são por vezes mortas ou abandonadas. No entanto o aborto consiste numa interrupção da gravidez, através da expulsão do feto do útero materno. O ilustre Damásio de Jesus discorre sobre o tema: “Nos termos do art. 123 do CP, que define o infanticídio, o fato, para assim ser qualificado, deve ser praticado durante o parto ou logo após o parto. Dessa maneira, há infanticídio quando a conduta é executada pela mãe durante esse lapso temporal. Antes de iniciado o parto existe aborto e não infanticídio. É