Industrialização da China
A partir da década de 1960, uma profunda crise abalou praticamente todos os países socialistas, inclusive a China. A produtividade agrícola e os bens de consumo eram insuficientes para atender a população, mas nenhuma medida eficaz foi tomada para resolver os problemas econômicos. Em 1976, logo após a morte de Mao Tse-Tung, a China foi o primeiro país socialista a realizar transformações econômicas e a dinamizar a economia. Em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, o Partido Comunista Chinês reintroduziu a economia de mercado em quatro regiões da China, denominadas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), e em catorze cidades litorâneas, que se transformaram em Zonas de Comércio Aberto (ZCA).
As cidades escolhidas para a criação dessas zonas de economia de mercado abriram-se para os investimentos estrangeiros e nelas se estabeleceram medidas semelhantes às adotadas nos Tigres Asiáticos – baixos impostos, isenção para a importação de máquinas e equipamentos industriais e facilidades para a remessa de lucros ao exterior. Além disso, as empresas que se instalaram nessas regiões contam com mão-de-obra industrial muito barata, o que torna os preços dos produtos de baixo aporte tecnológico (têxteis, calçados e brinquedos) imbatíveis no mercado internacional. Num segundo momento, instalaram-se as montadoras de automóveis, como a Volkswagen e General Motors, e as de equipamentos elétrico-eletrônicos.
A estratégia de Deng de preparação da China para o desenvolvimento econômico baseou-se em "Quatro Modernizações" que consideraram necessárias e fundamentais: a modernização da agricultura, da indústria, da ciência e tecnologia, e do sector militar.As reformas de Deng tinham o objetivo de acelerar o processo de modernização da economia nem que para isso fosse necessário importar capitais, equipamentos estrangeiros. Desta forma, o país acumulou capital, adquiriu tecnologias, conquistou alguns mercados e adquiriu algumas experiências e boas