indivíduo x sociedade
Quando o individuo se insere em uma sociedade, observamos que ele passa a fazer parte de um conjunto de valores, crenças, tradições, costumes e de uma cultura própria. O individuo abre mão de parte de seus desejos e de sua subjetividade para viver em sociedade. Porém, quando a sociedade anula completamente o individuo, esse passa a se tornar alienado, totalmente inserido num sistema em que o coletivo predomina sobre o individuo, e esse não pode ou não consegue se expressar no meio ao qual está inserido. Como foi observado no filme Formiguinha Z, o personagem Z passa a observar o quanto que o sistema lhe reprimia, onde as regras já pré-estabelecidas de sua colônia eram consideradas como verdades absolutas, sem nenhuma forma de questionamento de cada sujeito. O que importava era a sociedade em detrimento do sujeito. Assim Z vivia como o texto “bolha de vidro”. Ao questionar e pensar diferente, Z passa a indagar se as crenças e valores já estabelecidos era mesmo a verdade que todos defendiam. Ao questionar, provocamos uma revolução interna dentro de nós. Passamos a nos distanciar para podermos raciocina, refletir e chegar a conclusões - a própria verdade - e descobrimos que há um mundo muito maior do que o que pensávamos que existisse. Para Z esse mundo maior era Insetopia, o exterior da colônia, que lhe proporcionou muito mais do que uma simples reflexão. Z conseguiu inspirar sua colônia a não aceitar mais o sistema e provocou uma verdadeira revolução.
Para a protagonista de “A vila”, a saída de sua comunidade a fez enxergar que nem sempre o que nos é exposto é realmente verdade. A sociedade de Ivy se baseava em um governo do medo, onde os líderes defendiam o isolamento a qualquer custo e a viver segundo padrões, normas e regras próprios que eram impostos as pessoas desde o nascimento. Acreditando em uma mentira que regia a vila, as pessoas viviam assustadas e alienadas, aceitando com facilidade o que lhes era imposto. Mais uma vez