Individualidade, segundo bauman
Zigmunt Bauman, destaca em sua análise do cotidiano, especificamente sobre os vínculos sociais possíveis no mundo atual, caracterizado, segundo o autor, pela velocidade e pela angústia que pairam no ar, considerando que nossas ações efetuadas mudam antes mesmo de se consolidarem as práticas do dia-a-dia.
Capitalismo pesado e capitalismo leve
Capitalismo pesado seria um mundo ordeiro e rigidamente controlado, obcecado por volume e tamanho, e por isso, também por fronteiras, fazendo-as firmes e impenetráveis, assim alienando o trabalhador não só ao trabalho, qual o faz enquanto ser humano, homem, quanto ser social, de ação para si e para o outro, portanto refletindo em sua vida.
Hoje em dia o capital viaja leve, apenas com bagagem de mão, outrora as fábricas do capital pesado, presas ao solo, hoje em dia há vários caminhos, rápidos, não fixados e que dialeticamente transformam ao homem e suas relações, como por exemplo, de existirem várias verdades, que antes, no capitalismo pesado, existia poucas e os fins para qualquer que fosse o caminho era certo, talvez e muitas vezes doloroso, mas certo. No capitalismo leve os meios são vários e os fins incertos, gerando assim, angústia perante a coleção infinita de possibilidades, pois nada é mais dito unicamente e sim muito flutuante e sedutor, não há o que seguir e sim quais irei seguir, através de quais meios e tantos fins.
Tudo isto traz infinitas possibilidades, cada uma mais apetitosa e atraente que a anterior e assim, preparando o terreno para a mudança seguinte, para que as possibilidades continuem infinitas, nenhuma deve ser capaz de petrificar-se em realidade para sempre, melhor que permaneçam líquidas e fluidas e tenham data de validade, caso contrário, poderiam excluir as oportunidades remanescentes e abortar o embrião da próxima aventura. Viver em meio a chances do que seria razoável experimentar tem o gosto “doce” da liberdade de