"Para ficar bonita tem que sofrer!": a identidade capilar para mulheres negras no nivel superior.
Luane Bento dos Santos
“Para ficar bonita tem que sofrer!” A construção de identidade capilar para mulheres negras no Nível Superior.
Rio de Janeiro 2010
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BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Professor Orientador _____________________________________ _____________________________________
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AGRADECIMENTOS Primeiro queria agradecer como religiosa (candomblecista) aos meus ancestrais, pois sem eles não chegaria no espaço acadêmico numa discussão de identidade. Sou religiosa, acredito no mundo mítico, acredito em milagres, minha religiosidade faz parte dos conjuntivos de minha identidade negra. Por isso agradeço a Olodumaré, o criador de todos os orixás; a Oxalá, o mais velho orixá e criador do homem; a Iemanjá, deusa do mar e mãe das cabeças, ao meu santo de frente, meu amado e querido paizinho Omolu, que me ensinou a esperar; a minha mãe Oxum que me acalmou e me deu uma casa com paz para estudar; ao meu Preto Velho, a minha Preta Velha, a Vovó Cambina das Almas pela simpatia ensinada; aos Erês, as Crianças; ao Oxossi do meu Pai de Santo pela demonstração de afetividade, ao meu Pai de Santo pelo carinho, as Pombagiras e Malandros pelos recados. Enfim a todo o mundo espiritual que sou herdeira são esses os primeiros que devo agradecer por saber que sem eles não estaria aqui e não perceberia tantas coisas importantes e existências para minha vida. Em segundo, e não com menor valor, mas ao que se refere ao plano físico-material, a minha mãe carnal que sempre me amou, me cuidou incansavelmente e me ensinou a trançar. Me colocou tantas vezes diante do espelho e me falou que era negra e que deveria aprender a me amar como era. E que hoje valoriza minha estética afro e da estética afro também faz usos com seus lindos dreadlooks. Ao meu pai carnal, o primeiro homem a me chamar de bela e que