Indisciplina

TEMA: INDISCIPLINA NA ESCOLA

Sua paciência está por um fio! A garotada voa pelos corredores, conversa em sala, briga no recreio, grita durante as refeições... Cansada e confusa, você se sente com os braços atados e autoridade abalada. Não suporta mais as cenas e não sabe o que fazer. Pensa em desistir de tudo! Calma...Respire...Se você espera uma turma motivada e atenta, a primeira mudança necessária talvez esteja em você! É hora de rever sua ideia de indisciplina e o que há por trás dela. Para que você avance nessa reflexão, é preciso entender que a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra: o primeiro são as regras morais, construídas socialmente com base em princípios éticos, por exemplo, não xingar e não bater; o segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Essas últimas têm de ser construídas em conjunto com as crianças pois elas não enxergam a utilidade de um regimento ou dos famosos “combinados” que não se sustentam. Elas não sentem a necessidade de respeitá-los e acabam até se voltando contra essas normas. O movimento contínuo de construção e reavaliação de regras, mais o respeito a elas, é a base de todo o convívio em sociedade. Da mesma forma que os conflitos nunca vão deixar de existir na vida em comunidade – no contexto escolar, especificamente, eles também não vão desaparecer. Saber lidar com eles faz com que você consiga trabalhar melhor. Ensinar o respeito às regras é uma tarefa do professor. Esperar que as crianças, de modo espontâneo, saibam se portar perante os colegas e educadores é um engano. Muitos educadores esperam que essa formação moral seja feita 100% pela família. Não se trata de destituí-la dessa tarefa, mas é preciso enxergar o espaço escolar como propício para a vivência de relações interpessoais. As questões ligadas à moral e à vida em grupo devem ser tratadas na escola. Caso contrário, corre-se o risco de permitir que as crianças se tornem adultos