indios
A escola indígena traz com muita ênfase, a relação entre sociedade, cultura e escola.
Professores indígenas, refletindo sobre os objetivos educacionais, teorizam que a escola deve contribuir para que se efetive o projeto de autonomia dos povos indígenas.
Desse modo, as práticas pedagógicas e curriculares mantêm uma relação muito estreita com os sentidos e funções que a comunidade atribui à escola indígena. Ela se caracteriza por ser comunitária. Ou seja, espera-se que esteja articulada aos anseios da comunidade e a seus projetos de sustentabilidade territorial e cultural.
O direito dos povos indígenas de que os processos de ensinao-aprendizagem sejam feitos nas línguas maternas dos educandos traz a atenção para a realidade sociolinguística da comunidade onde está inserida a escola e para os usos das línguas nesse espaço. Chamamos isso de bilinguismo na escola indígena.
O programa de ensino bilíngue da década de 1970 era uma estratégia educacional para promover a política integracionista no âmbito da escola.
É importante constatar, no entanto, que a inserção dos monitores na estrutura da escola possibilitou a geração de reflexões desses atores sobre o papel da escola.
Levar em conta os direitos linguísticos das crianças nas escolas indígenas significa , então, conhecer a realidade sociolinguística da comunidade e discutir essa realidade na escola, fortalecendo e valorizando a língua indígena.
Procuramos demonstrar desse forma, que transitamos de políticas indígenas e educacionais sob o paradigma da homogeneização cultural e linguística, da desvalorização dos saberes indígenas , da negação das identidades étnicas, do papel subalterno dos atores indígenas na educação escolar, para uma política de reconhecimento e valorização da sóciodiversidade indígena, do pluralismo cultural e linguístico, para a valorização da autonomia do professor e da professora indígena e suas comunidades.
É necessário superar uma tendência em “adaptar” ,