Inconsciente coletivo e feminino sombrio
O presente artigo tem como objetivo, apresentar o conceito de feminino sombrio do inconsciente coletivo de modo a tornar possível a observação das diversas formas de manifestação deste arquétipo na sociedade atual e verificar a possível influencia desta manifestação como barreira ao processo de individuação. Para que tal artigo fosse elaborado fez-se necessário estruturá-lo de modo a buscar esclarecimento sobre o arquétipo em questão afim de tornar possível sua assimilação aos padrões comportamentais presentes na sociedade e para tal foi pesquisada bibliografia referente ao tema. Segundo Carl Jung (JUNG, 2002) o inconsciente coletivo seria a camada mais profunda da psique, este seria composto por materiais e conteúdos herdados pela humanidade e passados de geração para geração. Conteúdos estes que seriam comuns a todos, independente de origem, crença, ou nacionalidade.
O conceito de feminino sombrio seria a manifestação de um dos arquétipos presentes em nosso inconsciente coletivo que tem por simbolismo do mito de Lilith (SICUTERI, 1998).
A escolha do tema foi feita em consideração a dois motivos , primeiramente o fato de tal arquétipo ser uma evidencia na sociedade e nas formas de comportamento feminino observáveis e segundo pela influência do coletivo no processo de desenvolvimento individual.
Para o desenvolvimento deste artigo foi necessário realizar análise e comparação da bibliografia encontrada afim de tornar possível a compreensão do fenômeno de que se trata e posterior exposição do mesmo.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 INCONSCIENTE (COLETIVO E PESSOAL)
Para Psicologia analítica a psique teria o self como centro da personalidade do sujeito e seria composta por sistemas que agem de forma conjunta. Os sistemas principais dessa composição seriam o ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, o inconsciente coletivo e seus arquétipos ( anima, o animus, persona e sombra),as atitudes de introversão, extroversão e as funções