Inclusão do aluno surdo
ALUNO SURDO NO
ENSINO REGULAR: a voz das professoras
Maria Lúcia Lorenzzetti 1
Introdução
1Mestre em Educação.
Professora do Curso de
Psicologia da
Universidade do Vale do
Itajaí, psicóloga e docente-administrativa do Núcleo de
Atendimento
Psicopedagógico a Pessoas com Necessidades
Educacionais Especiais
(PADEF/NAPNE).
E-mail: maluzeti@ccs.univali.br A discussão sobre a inclusão de surdos no contexto educacional, tem sido palco para várias reflexões. Sabemos que não basta somente que o surdo freqüente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas necessidades. Destacamos aqui o papel do professor quanto ao desenvolvimento de um trabalho que valorize todas as diferenças e que esteja pautado nos objetivos de uma educação que vise à valorização do exercício cidadania, o desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo e a sua preparação para estar inserido nos mais variados contextos sociais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, no 9394/1996) estabelece que os sistemas de ensino deverão assegurar, principalmente, professores especializados ou devidamente capacitados, que possam atuar com qualquer pessoa especial na sala de aula.
Sabemos que a realidade apresentada esboça um quadro diferente. A presente pesquisa revela o despreparo e o desconhecimento das professoras para lidar com o aluno surdo, citando como fator relevante o uso de uma linguagem totalmente oralista no processo de comunicação. Na maioria das escolas públicas, onde não há a aceitação da Língua de Sinais, havendo várias formas que levam a sua interdição, o aluno surdo é tratado como se fosse um ouvinte e conseqüentemente, deve desenvolver a fala.
522 A inclusão do aluno surdo no ensino regular: a voz das professoras
Maria Lúcia Lorenzzetti
A importância de conhecer as experiências das professoras quanto à inclusão do aluno surdo no ensino regular relaciona-se ao papel a ser desenvolvido favorecendo as interações e oferecendo