INCLUSAO
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
Mestrado em Exercício e Saúde em Populações Especiais
Módulo: Deficiência na sociedade contemporânea
Prof. Doutor José Pedro Leitão Ferreira
Poderá existir uma escola inclusiva numa sociedade que não o é?
Janeiro, 2006
Cláudia Bateira I. Introdução
Começo este artigo por afirmar que o conceito de inclusão está envolvido numa auréola de confusão que mais não faz do que baralhar todos aqueles envolvidos no processo educativo dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE). Uns dizem que respeita a educação de todos os alunos; outros falam no conjunto de respostas educativas que se deve facultar aos alunos, sendo estas da responsabilidade dos docentes de turma; outros, que se refere à inserção de alunos com NEE (moderadas e severas) nas escolas regulares das suas residências, sempre que possível, nas classes regulares dessas escolas, desde que com apoios apropriados às suas capacidades e necessidades educativas. A inclusão é um movimento mais amplo e de natureza diferente ao da integração de alunos com deficiência ou de outros alunos com necessidades educativas especiais. Na integração, o foco de atenção tem sido transformar a educação especial para apoiar a integração de alunos com deficiência na escola comum. Na inclusão, porém, o centro da atenção é transformar a educação comum para eliminar as barreiras que limitam a aprendizagem e participação de numerosos alunos e alunas.
As escolas são construídas para promover educação para todos, portanto, todos os indivíduos têm o direito de participação como membro activo da sociedade na qual estas escolas estão inseridas, assim como todas as crianças têm direito a uma educação de qualidade onde as suas necessidades individuais possam ser atendidas e onde possam desenvolver ao máximo as suas capacidades. Reflectir sobre as questões de uma escola de qualidade para todos, incluindo alunos e professores, através da