INATISMO OU EMPIRISMO
AULA 2
A atividade racional: a intuição e a razão discursiva (indução, dedução, abdução)
Empirismo versus idealismo;
Origens da razão: inatismo ou empirismo?
De onde vieram os princípios racionais (identidade, não-contradição, terceiro-excluído e razão suficiente)?
De onde veio a capacidade para a intuição (razão intuitiva) e para o raciocínio (razão discursiva)?
Nascemos com eles? Ou nos seriam dados pela educação e pelo costume?
Seriam algo próprio dos seres humanos, constituindo a natureza deles, ou seriam adquiridos através da experiência?
Durante séculos, a Filosofia ofereceu duas respostas a essas perguntas. A primeira ficou conhecida como inatismo e a segunda, como empirismo.
O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós através da experiência.
Em grego, experiência se diz: empeiria – donde, empirismo, conhecimento empírico, isto é, conhecimento adquirido por meio da experiência. O inatismo
Vamos falar do inatismo tomando dois filósofos como exemplo: o filósofo grego
Platão (século IV a.C.) e o filósofo francês
Descartes (século XVII).
Inatismo platônico
Platão defende a tese do inatismo da razão ou das ideias verdadeiras em várias de suas obras, mas as passagens mais conhecidas se encontram nos diálogos Mênon e A República.
Nelas Platão explicita que as verdades vão surgindo no espírito de um indivíduo à medida que o mestre vai-lhe fazendo as perguntas certas e assim raciocinando com ele.
Expõe que nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a Filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas ideias.
Inatismo cartesiano
Descartes discute a teoria das ideias inatas em várias de suas obras, mas as exposições mais conhecidas