Impunidade do comportamento agressivo nas torcidas organizadas

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Impunidade do comportamento agressivo nas torcidas organizadas

1. Introdução:

O presente estudo visa um melhor entendimento sobre a impunidade e a incapacidade pública a respeito do comportamento nas torcidas organizadas. Está mais do que evidente, em todas as mídias, as barbáries cometidas durante e, principalmente, após os jogos de futebol, seja nos estádios ou nas ruas, e por motivos que na maioria das vezes beira a banalidade.
O incentivo às brigas e os diversos crimes cometidos advém do comportamento agressivo presente em alguns indivíduos. A agressividade seria a capacidade ou potencial que determinado individuo possui para realizar uma ação violenta.
A lei que deveria punir é conivente na esmagadora maioria dos casos. Não basta criar legislação proibindo e controlando torcida organizada. O que falta no Brasil é a prática, o procedimento.

2. Fundamentação Teórica:

As Torcidas Organizadas são registradas juridicamente como Grêmios Recreativos, tal como as Escolas de Samba, e se constituem como subclubes dentro do clube.
As torcidas organizadas surgiram com a intenção de diversão e uma saudável competição nos estádios brasileiros com seus instrumentos rítmicos e de sopro. O baiano Jaime de Carvalho criou em 1942 a primeira organizada do Flamengo e também chefiou a torcida do Brasil. Ele carnavalizou a arquibancada. E o Mario Filho estimulava isso, criou um concurso de torcidas, que tocavam marchinhas e jogavam confete e serpentina. Em 1942, Lamartine Babo compôs os hinos populares dos times, cantados até hoje. Cada clube passou a ter sua torcida e seu chefe de torcida, que era uma figura carismática. Antes da Era Maracanã, o futebol tinha ares mais provincianos, embora inúmeras brigas já se registrassem.
As torcidas organizadas, a partir de 1971, auge da ditadura militar, passaram a ser coletivos militarizados e de intolerâncias. Com treinamento em lutas marciais, entre outras coisas. E em meados dos anos de 80, foram lentamente saindo

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