Documentário - uma noite em 67
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O documentário “Uma noite em 67” nos mostra os acontecimentos na noite do “3º Festival de Música Popular Brasileira”. Com a presença de ilustres artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Gilberto Gil e até mesmo o polêmico Sérgio Ricardo, esse festival aconteceu em meio à repressão da ditadura militar. O festival desde cedo planejado para ocorrer sem erros, é tomado por uma plateia bastante ativa, artistas ansiosos e nervosos com suas apresentações, mídia acompanhando cada segundo e momentos inesperados. O documentário começa com o depoimento de um dos jurados, Sérgio Cabral, que diz em vários momentos ter sido vaiado pelo público quando eliminava algum candidato, o que mostra o quanto era importante o papel da população, e o quanto a mesma era interessada em assuntos políticos. O que pode ser percebido é que em plena época de opressão e repressão, como a Ditadura Militar, os artistas com músicas que continham contexto histórico eram mais valorizados do que músicas “comuns”. Dentre vários acontecimentos, um dos de maior dimensão foi à participação de Caetano Veloso, com a música “Alegria, Alegria” que entrou ao palco com a banda argentina Beat Boys tocando uma guitarra elétrica, como um ato político contra a “Passeata Contra a Guitarra Elétrica”, na qual os participantes acreditavam que a guitarra elétrica devia ser proibida, por representar uma ameaça a música brasileira. E também, na hora de Sérgio Ricardo apresentar sua música, com um novo arranjo, ter sido vaiado pela plateia até não conseguir se apresentar ato que o levou a perder a cabeça e sair do palco quebrando seu violão e arremessando na plateia, o que lhe desclassificou do festival. O que pode ser destacado do documentário é a habilidade de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, de conseguir contornar a opinião da plateia que no inicio de suas apresentações os vaiavam. Outro elemento muito interessante é o fato do técnico de som do festival, Zuza Homem de Melo, ter