festivais de 67
Durante os primeiros anos da Ditadura Militar no Brasil, observou-se um intenso crescimento da produção musical na Brasil que modificou a música popular brasileira. Com a internacionalização de novos estilos musicais como, o rock and roll, a história da música brasileira ganhou novos contornos a partir da década de 1960.
Instalou-se no Brasil a cultura da música dentro da televisão, programas como a Jovem Guarda, formado por jovens cantores como Roberto Carlos, Vanderléia Erasmo Carlos e muitos outros tornaram-se líderes de audiência. Nesta mesma onda, os festivais musicais ganharam notoriedade na cultura dos anos 60 e a televisão foi fundamental para que o Brasil conhecesse melhor sua produção musical.
Os festivais apresentaram uma safra rara e riquíssima de compositores e intérpretes como Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Nara Leão, Geraldo Vandré entre muitos outros. Com eles, em vez da música chegar ao público através do rádio, chegou à casa das pessoas pela televisão, e anos depois pelos discos.
Em outubro de 1966, a TV Record televisionava a final do Festival Musical, no qual as canções finalistas foram “A Banda” de Chico Buarque, e “Disparada” de Geraldo Vandré e Théo de Barros; o júri decidiu por empate! As duas canções saíram vitoriosas, mas naquela noite a verdadeira grande vitoriosa foi a MPB.
Já em outubro de 1967, “Ponteio”, “Domingo no Parque”, “Roda Viva” e “Alegria, Alegria” foram as quatro primeiras colocadas e, para alguns historiadores, foi naquela noite que a MPB nasceu como gênero musical único. Vale lembrar que a expressão Música Popular Brasileira já existia e designava todo o tipo de música feita no país, tudo o que não era erudito era designado MPB.
O festival de 1967 foi apresentado de forma intensa e detalhada pelo documentário “Uma Noite em 67”, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calique, e está repleto de entrevistas com