RESENHA FESTIVAIS DA CANÇÃO 1967 1968
Escolhi falar na minha resenha sobre: “Os Festivais da Canção como Eventos de Oposição ao Regime Militar Brasileiro (1966-1967). Do Marcos Napolitano. Gostei desse texto pela sua abordagem histórica, onde o autor aborda o cenário musical da época e a importância dos festivais da canção para renovação da musica popular brasileira (MPB), como também o surgimento das musicas de engajamento político como o movimento da Tropicália. O autor cita o tamanho sucesso do II festival realizado pela Tv Record de São Paulo em 1966. Mas a formula dos festivais nasceu através da Tv Excelsior em 1965. Outro fator importante, é que a Tv Excelsior tentou capitalizar o interesse renovado do publico e daquela geração pela nova onda da musica popular brasileira. Outro fator importante neste período, era o acirramento e as disputas envolvendo os públicos da Jovem Guarda e os fãs da MPB e da Tropicália. O II festival de MPB da Tv Record superaria todas as expectativas de publico e consagrou uma nova geração de cantores da musica popular brasileira ao panteão do show business. Mas a MPB não só se tronou uma nova febre musical naqueles verões de 1966, mas Tb cumpriu o seu papel de um novo movimento musical de resistência a ditadura militar. A nova geração da musica popular brasileira virou assunto nos principais jornais da época, causando um verdadeiro frenesi tanto na sociedade como na imprensa. O jornal do Brasil destacava na sua capa da sua edição de 10 de outubro de 1966
“A noite de 10/10/1966 entrou para a história da musica popular brasileira não apenas como consagração de Chico Buarque ou das duplas Geraldo Vandré e Theo Barros (...) mas como a volta da canção ao povo.”
A folha de São paulo dizia: “Proeza realizada por uma marcha rancho e uma moda de vilola: ser mais popular que o Iêiêiê.”
A cantora Nara Leão se transformou também no grande referencial feminino da musica de protesto e de resistência ao regime militar dos generais. Nara Leão dava