Visão de voltaire e kelsen a respeito da pena de morte (obras tratado sobre a tolerancia e teoria pura do direito
Em uma de suas passagens sobre o caso da morte de Jean Calas, Voltaire diz: “[...] Onde o perigo e as vantagens são iguais, o espanto cessa e até mesmo a piedade se enfraquece; porém, se um pai de família inocente é entregue as mãos do erro, da paixão ou do fanatismo; se a única defesa do acusado é sua própria virtude; se o único risco que os árbitros de sua vida correm ao matá-lo é o de cometerem um engano; se eles podem matar impunemente mediante uma sentença, então o protesto público se eleva, já que cada um teme por si mesmo, percebe que ninguém pode julgar sua vida em segurança perante um tribunal instituído para velar a vida dos cidadãos e todas as vozes se reúnem para exigir vingança.”. Voltaire se mostra presente ao lado da justiça, e não só à sua visão, mas a de muitos, Jean Calas era inocente, e não deveria pagar por tal crime, ainda, mas, com sua própria vida.
Em um trecho sobre o caso dos Calas, se diz que o capitoul (executor real) de Toulouse, em busca de prestígios ante tal situação, foi contra as leis e costumes da região, pondo a família Calas, a criada, e Lavaysse postos a ferro.
“O senhor David, capitoul de Toulousse, excitado por tais rumores e querendo alcançar entre o povo por meio de uma rápida execução, ordenou um procedimento contra todas as leis e ordenanças do reino. A família Calas, a criada católica, e Lavaysse foram postos a ferros.”
Ele nos mostra, ao concluir sua obra, o quanto foi injusta a atitude tomada pelo capitoul. “Cabe sobretudo ao senhor David, capitoul de Toulousse, que foi o principal perseguidor da inocência, demostrar o exemplo de seus remorsos. Ele insultou um pai de família que morria sobre o cadafalso. Essa crueldade foi bem estranha; contudo, como Deus perdoa, os homens também devem perdoar a quem busca reparar as