Importa O No Brasil
Está longe de ser o melhor começo de ano, mas os contratos aumentaram. Reflexo da economia brasileira, que apresenta sinais de recuperação.
Uma indústria de São Paulo fabrica tornos, quase todos para o mercado interno. Há dez anos, 30% iam para exportação. Agora, nem 10%.
“O câmbio teve uma grande influência nisso. Hoje, com essa situação do real, em relação ao dólar e em relação ao euro, recebemos muito poucos reais para exportação, isso dificulta as negociações”, explica o industrial Andreas Meister.
O caso dessa indústria é um bom exemplo para explicar o que acontece com a balança comercial. De um lado, a economia melhorou nos quatro primeiros meses de 2013 e foi preciso importar mais peças e componentes para fabricar as máquinas nacionais. Por outro lado, está mais difícil vender equipamentos para clientes em outros países. O resultado geral é um saldo negativo na balança.
No ano, a balança está no vermelho em US$ 6,1 bilhões, o maior déficit já registrado nesse período. De janeiro a abril do ano passado, houve superávit de US$ 3,3 bilhões.
Este ano, o Brasil já importou US$ 77 bilhões. Quase 9% mais do que 2012. E exportou US$ 71 bilhões, uma queda de 4%.
Estamos vendendo menos, principalmente produtos industrializados, para alguns dos nossos principais parceiros, como Estados Unidos, União Européia e América Latina.
Parte do saldo negativo vem da compra de gasolina que a Petrobrás fez 2012, mas que o governo decidiu só contabilizar esse ano.
Foram US$ 4,5 bilhões. Mesmo descontando esse valor, a balança ainda estaria no vermelho. Analistas de bancos e indústrias já revisam para baixo as projeções para a balança comercial deste ano. Mesmo sabendo que a partir desse mês, o campo deve pesar para o lado positivo da balança.
“Você tem um escoamento de safra agrícola que vai ocorrer ao