imperio escravista e a republica dos plantadores maria yedda linhares
(HB 82) LINHARES, Maria Yedda. História Geral do Brasil. São Paulo: Campus, 1990, Cap. 5, O
Império Escraista e a República dos Plantadores
ECONOMIA BRASILEIRA DO SÉCULO XIX – MAIS DO QUE UMA PLANTATION EXPORTADORA
João Luís Fragoso
Dentro desse período de 1819 a 1872 de acordo com o censo houve a transferência do eixoe conômico do Nordeste açucareiro para o Sudeste cafeeiro.
Segundo a visão tradicional, temos, no decorrer do século XIX, apenas uma mudança de produto.Ou melhor, a uma modificação na pauta de exportação gerou o deslocamento do eixo econômico e a transferência da concentração de escravos. Assim a economia continuava da mesma forma escravista e dependente das flutuações externas.
Em 1819,de uma população de 3.596.132 habitantes, 69,2% era constituída por homens livres; em 1872- já no período final da escravidão-esse número subiria para 84,7%. Ou seja, além de senhores e escravos encontramos (no século XIX e nos anteriores).
Além disso, em 1874, nas três províncias do Sudeste que concentravam a produção cafeeira (
Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais), 60% da população cativa total encontrava-se nos municípios cafeeiros ( em 1883, essa cifra cairia para 52,5%) mercado pré-capitalista interno gera condições para acumulações endógenas.
Outro indicador da importância do mercado interno é que 12 anos antes da “abertura dos portos às nações amigas”, as vendas de açúcar, couro e outros não pagava 1/3 das importações (sem contar nesse número as importações de escravos) custeadas por remessas de metais e dinheiro amoedado.
Ao lado dos senhores das plantação havia produtores que não vendiam para Europa, mas tinham dinheiro, produziam riquezas e com elas compravam tecidos europeus, escravos etc.
Havia comercio externo com áfrica e Ásia portuguesa
Na virada do séc. XIX para o XX, havia precária divisão social do trabalho, circulação limitada