Imperialismo

Para entender toda a dinâmica que une e separa os imperialismos inglês e norte americano, devemos primeiro entender o contexto a qual esses dois impérios estavam inseridos. Até meados do século XX, o continente europeu mantinha uma posição hegemónica com relação aos demais continentes. Esta supremacia advinha do imperialismo. No início desse mesmo século, a Europa prosseguia o processo de europeização do mundo, mas agora contava já com a concorrência dos Estados Unidos, que à semelhança da Europa partiu de uma política de expansionismo territorial para atingir as suas principais metas: o crescimento económico e o poderio político. Sendo assim, com os poderes “igualados”, podemos começar a assemelha-los e diferencia-los.
Partindo do início, é possível apontar semelhanças entre os dois impérios no que diz respeito a conquista de novos territórios. Primeiramente, podemos caracteriza-los como sendo as duas potências que conseguiram tornar-se império, com poderes de proporções globais. Nas bases teóricas do imperialismo, assemelham-se as ideias de dois importantes estudiosos que, representando seus respectivos países, defendiam teses as quais julgavam ser a melhor opção para novas conquistas e controle do território.
Em 1904, Halford John Mackinder, importante geopolítico inglês defendeu o revolucionário conceito do “Heartland”. A tradução de “heartland” (coração do mundo) demonstra a ideia de Mackinder com a sua teoria. Ele enxergava no centro da Eurásia (na Federação Russa) o núcleo político e geográfico do globo. Para ele, quem conquistasse o “heartland”, dominaria o mundo. Já Nicholas J. Spykman, holandês radicado no Estados Unidos, era um geoestrategista de grande influência entre os norte americanos. Partindo da teoria do Heartland de Mackinder, desenvoleu a teoria do Rimland, também denominada de Estratégia da Contenção, que serviu de base para o desenvolvimento da doutrina de segurança dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.
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