Resumo Vigiar e Punir
- É dedicado à análise da vigilância e da punição, que se encontram em várias entidades estatais (hospitais, prisões, escolas, etc).
- O livro é dividido em 4 partes:
1. Suplício.
2. Punição.
3. Disciplina.
4. Prisão.
1) SUPLÍCIO
- Significado da palavra: castigos corporais; tortura; sevícia; intensa e prolongada dor física.
- Inicia o livro expondo o contraste entre 2 formas de punição:
a) O Suplício Público: violento, caótico (idealizado por Roberto François Damiens – condenado por Regicídio1 cometida contra o Rei Luís XV da França durante a Revolução Francesa – 1792).
b) A Pontual Programação Diária prevista para os internos em uma prisão do início do século XIX.
- O Suplício constituía uma espécie de “teatro em praça pública”, na medida em que visava impressionar a população com tamanha brutalidade; exercer um tipo de coação moral sobre o que aconteceria a alguém se cometesse um crime.
- Funções desejadas pelo Suplício:
-> Refletir a violência do delito sobre o corpo do condenado, à vista de toda a população.
-> Por em ato a vingança do soberano sobre o corpo do condenado.
Obs.: Para Foucault, naquela época a lei era considerada uma extensão do corpo do soberano, logo, era totalmente lógico que a vingança encarnasse na violência da integridade física do condenado.
- Efeitos colaterais do Suplício:
-> O condenado, muitas vezes, passava a receber simpatia, admiração, sentimento de pena da sociedade, gerando, em muitos casos, tumultos, aglomerações, revoltas, transformando o corpo do condenado num “campo de batalha”.
Conclusão: A execução pública se revelava improdutiva e antieconômica, além de ser heterogênica, irracional e quase casual. Logo, o seu custo político passou a ser muito alto, indo de encontro aos interesses do Estado, que era a ordem e a generalização.
2) PUNIÇÃO
* A passagem para a prisão não foi imediata (apesar de a mutação gradual ter sido relativamente rápida).
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