O documentário visualizado na aula de Técnicas de Expressão e Comunicação, no dia 12 de Abril, centrava-se em questões actualmente ultrapassadas por gerações mais velhas e impensáveis para gerações mais novas, mas que no passado representaram a grande parte dos problemas da sociedade portuguesa anterior ao 25 de Abril. É necessário lembrar que essas vicissitudes tiveram um grande impacto no nosso país. Assim, o documentário inicia-se com a descrição de experiências de vida anteriores ao 25 de Abril, durante e posteriores ao mesmo e as mudanças que este impôs. Em primeiro lugar, é de notar que no ante 25 de Abril, devido á grande censura pela parte da Inquisição, existia apenas um livro único para todas as escolas, explicando a educação extremamente fechada e rígida vivida na época. Assim, a censura abrangia quase todos os campos como os meios de comunicação e informação (jornais, rádios, livros e televisão) até ás artes e ao lazer (espectáculos, musicas, filmes). Eram raros os livros e filmes que entravam em Portugal e os que chegavam, raramente eram expostos ao dispor do povo. Isto deve-se ao facto de não se querer que se visse o que se passava fora de Portugal. Cá apenas se falava português e visitar o estrangeiro não passava, na altura, de uma mera miragem. Para além desta mentalidade retrógrada do povo português, a vigilância por parte do Estado participava activamente no quotidiano de cada português residente, influenciando inclusive a maneira de vestir: o bikini apenas começou a ser utilizado no fim dos anos 60. Além do mais, era necessária uma licença para uso de isqueiro, provas de afecto e divórcio eram não só recriminados pela polícia da altura mas também pelo povo que o reprovava, visto que este clima era tido como normal por grande parte de população. Em segundo lugar, era expressamente proibido ser funcionário do estado caso não fossemos anticomunista. Assim, Portugal era então um pequeno mundo à parte sendo que nada disto