imigraçao europeia no brasil
O intenso processo de imigração no Brasil, principalmente entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX, deixou fortes marcas de mestiçagem e hibridismo cultural, constituindo um importante fator na demografia, cultura, economia e educação deste país.
O povoamento português
Até a abertura dos portos ocorrida em 1808, o povoamento europeu no Brasil foi quase que exclusivamente português. Mais de 700.000 portugueses se deslocaram para sua colônia americana neste período. O povoamento lusitano começou efetivamente em 1532, a partir da fundação do povoado de São Vicente. A imigração de lusos no período colonial ficou por muito tempo estagnada, tendo em vista que Portugal tinha uma população muito pequena, e era difícil mandar colonos para o Brasil.
O povoamento imigrante no Sul
Após a independência, a imigração passou a fazer parte da política Imperial, pois o Sul do Brasil continuava despovoado e alvo da cobiça dos países vizinhos. O governo passou a incentivar a implantação de núcleo de colonos imigrantes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A partir de então, imigrantes alemães, italianos e, em menor escala, eslavos passaram a ser atraídos para o Brasil.
A imigração para o Rio Grande do Sul começou em 1824, com a chegada de imigrantes alemães, que fundaram cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo. Os colonos recebiam 27 hectares de terra na região do Vale do Rio dos Sinos, onde podiam dedicar à agricultura. Pouco mais tarde, os alemães ganharam a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, onde fundaram cidades como Joinville e Blumenau.
No Paraná, a colonização foi efetuada sobretudo por povos eslavos (poloneses e ucranianos), no final do século 19, onde se dedicaram à agricultura nos arredores de Curitiba (nos vales dos rios Negro e Ivaí).
Mão-de-obra imigrante no café
Em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz decretava o fim do tráfico de escravos africanos no Brasil. Influenciados pelas teorias racistas que