Imaginário europeu: descrição do brasil colônia, pos-descobrimento
Palavras chaves: Novo Mundo, Brasil Colônia, Imaginário Europeu.
Descobrir o novo é algo fantástico para o ser humano talvez por isso vivêssemos todos os dias tentando este feito, só que a algo a mais que isso, (e é o que nos interessa para extrair o presente trabalho), é o explicar, qualificar, dar sentido ao que se descobrir, isso sim é fabuloso, já que é nesse momento que recorremos ao passado, ou seja, a todos os pressupostos dos quais somos fruto, pois, por traz de todo homem existir uma sociedade. E isso foi o que Colombo fez ao desembarcar de sua nau, deu sentido ao que via diante de seus olhos, nesse momento o mesmo revelou a existência das três esferas nas quais se dividiam seu mundo, a “natural”, a “divina” e a “humana”, indo mais além “encontramos também três impulsos para a conquista: o primeiro humano (a riqueza), o segundo divino e o terceiro ligado à apreciação da natureza”. Notando que entre esses três aspectos o divino prevalecer para se explicar ao seu redor, o próprio Colombo era um homem “piedoso”, não viajava aos domingos e “vê por toda parte a intervenção divina, seja no momento das ondas ou naufrágio de seu barco”, percebe-se isso no que o mesmo escreverá, ‘por numerosos e notáveis milagres Deus se revelou no decorrer desta navegação’ (TODOROV).
Deve-se salienta também que nessa época o “ouvir valia mais do que o ver, os olhos enxergavam primeiro o que se ouvira dizer”, (MELLO), além do grande acervo milenar do imaginário europeu, que construirá representações do Novo Mundo, e em especial da terra Brasil na era das navegações e descobertas. Nesse momento se somava as já conhecidas Ásia e África uma nova porção do globo. Há qual denominará depois de América. O Brasil parte dessa porção, a qual cabia ao domínio português,