Gareth Morgan apresenta uma abordagem sobre as organizações a partir de metáforas que permitem vê-las como máquinas, organismos, cérebros, culturas, sistemas políticos, prisões psíquicas, fluxos de transformação e instrumentos de dominação. A intensão parece ser a de demonstrar o quanto o universo das organizações vem se tornando cada vez mais complexo e repleto de ambigüidades enquanto nossa habilidade de interpretá-lo não está seguindo o mesmo rumo. Segundo Morgan, não há mais espaço para uma visão simplista das organizações, administradas como se fossem máquinas desenhadas para atingir objetivos predeterminados, que tendem a limitar, em lugar de ativar, o desenvolvimento das capacidades humanas. Não se pode ignorar as contribuições criativas que o potencial humano é capaz de fornecer, quando lhes são oferecidas as oportunidades apropriadas. As organizações precisam desenvolver uma racionalidade reflexiva e auto organizadora, necessárias ao constante processo de adaptação às situações de mudança que o desenvolvimento tecnológico requer, sem o que estarão condenadas à morte. É com esta abordagem e por considerar que os seres humanos têm grande influência sobre aquilo que o seu mundo pode ser é que Morgan focaliza a organização sob diversos ângulos, explorando metáforas que, quando analisadas em conjunto, oferecem importantes subsídios para uma melhor interpretação do universo multifacetado da vida organizacional. Utilizando-se da metáfora das máquinas, Morgan demonstra o quanto a busca pela precisão e eficiência subvalorizou os aspectos humanos da organização, subestimando a capacidade dos trabalhadores de resolver problemas complexos e imprevisíveis, revelando grande dificuldade para adaptar-se à mudanças. A organização mecanicista desencoraja a iniciativa e encoraja a apatia e falta de orgulho pelo trabalho desempenhado, desestimulando desafios. A atualidade já demonstra que necessita de métodos organizacionais que ativem, ao invés de limitar,